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Perguntas Mais Frequentes

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Como moderador e participante de vários fóruns apícolas, eu oiço estas questões muitas vezes, então eu decidi falar sobre algumas delas aqui.

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Quantos ovos uma rainha pode colocar em um dia?

Dzierzon, cuja opinião eu tenho a maior fé, diz:

"Como a rainha é capaz de adaptar o sexo dos ovos às células, ela também é capaz de adaptar o número de ovos às exigências do estoque e às circunstâncias em geral. Quando uma colônia é fraca e o clima é frio e desfavorável, ela só põe algumas centenas de ovos por dia, mas em colônias populosas, e quando a pastagem é abundante, ela deposita milhares.Em circunstâncias favoráveis, uma rainha fértil deposita até 3000 ovos por dia, dos quais qualquer um pode convencer a si mesmo simplesmente colocando um enxame em uma colméia com pentes vazios ou inserindo pentes vazios no ninho de uma ninhada e contando os ovos nas celas alguns dias depois. "- Jan Dzierzon, Rational Bee-Keeping, 1882 Edição em inglês, Pg 18
Podem as rainhas ferrar?

Eu tenho manipulado rainhas desde 1974. Desde que eu comecei a criar rainhas em 2004 já me passaram pelas mãos centenas por ano. Nunca uma rainha me ferrou. No entanto já as vi agirem como se fossem ferrar.

O Jay Smith, um apicultor que criou centenas de rainhas por ano durante décadas, disse que apenas foi ferrado uma vez por uma rainha e que ela ferrou no preciso local onde ele esborrachou uma rainha anteriormente, talvez ela tenha sentido o cheiro da rainha que ele esborrachou nas mãos e pensado que se tratava mesmo de outra rainha.

Elas podem? Sim. Vão ferrar? Extremamente duvidoso. Algumas pessoas que eu conheci que foram ferradas por uma abelha rainha dizem que não dói tanto como um ferrão de uma obreira.

Abelhas mortas na frente da colmeia?

Com a rainha a pôr 1000 a 3000 ovos por dia e as abelhas a viverem cerca de seis semanas, há sempre algumas abelhas mortas na frente da colmeia. Muitas vezes você não as vê pois estão nas ervas daninhas ou relva. Muitas das abelhas mortas (montes delas) poderá ser uma causa de preocupação porque pode ser sinal de envenenamento por pesticidas ou outro problema. Mas apenas algumas abelhas é normal.

Espaçamento entre quadros de alça e de ninho?

A questão parece surgir muitas vezes. A questão é formulada usualmente desta forma “devo eu colocar 9 ou 10 quadros nas minhas alças” ou “devo eu colocar 9 ou 10 quadros nas minhas caixas ninho?”

A resposta para as caixas ninho é que eu coloco 11 quadros. Pelo menos numa caixa de 10 quadros. Eu desgasto os lados de forma a poder fazer isso e eu faço-o porque é o espaço que as abelhas usam se as deixar trabalhar. Mas 10 chegam. Os quadros devem estar bem juntos no centro, e sem um espaçamento uniforme. Eles já estão mais espaçados do que as abelhas preferem e aumentar esse espaço ainda mais usualmente resulta em escadas de cera ou até em um favo extra entre dois quadros. A teoria de colocar apenas 9 quadros no ninho é que assim haverá mais espaço para as abelhas formarem cacho, menos enxameação e menos morte de abelhas quando retira e coloca favos no ninho. Na realidade, a minha experiência, é que isso requer mais abelhas para aquecerem a criação, a superfície dos favos é mais irregular e isso causa a morte de mais abelhas quando se retiram favos. Essa irregularidade é devida ao facto que o favo onde as abelhas armazenam o mel pode variar em grossura mas o favo de criação tem sempre a mesma grossura. Os resultados são que onde elas tiverem mel e você 9 quadros, elas ficam com espaço extra para encher e fazem-no com mel. Se elas têm criação então os favos não são tão gordos como quando têm mel dentro. Eu tentei 9 quadros no ninho e não fiquei impressionado. Eu agora tenho caixas de 8 quadros com 9 quadros nelas (que requer o desgaste lateral dos favos). Com 11 quadros numa caixa de 10 quadros você obtém favos muito direitos e consistentes e você consegue alvéolos pequenos mais facilmente.

A minha resposta relativamente às alças é que quando os favos estão puxados você pode colocar 9 ou até 8 nas alças de 10 quadros e vai funcionar bem pois os favos vão simplesmente ficar mais grossos. Mas quando é cera estampada as abelhas muitas vezes não fazem favos como queremos se você colocar mais que dez. Dez quadros de cera estampada devem estar sempre bem juntos no meio de uma alça ou ninho de forma a prevenir que as abelhas tentem construir favo entre cera estampada em vez de o fazerem na própria cera estampada. Com caixas de oito quadros você pode fazer sete quadros com favos puxados ou até seis.

Um assunto relacionado são as ceras dos favos mal puxadas.

Porquê é que as abelhas puxam mal a cera dos favos?

Parte disto é genético. Algumas abelhas constroem favos direitos e paralelos não importa o que você faça. Outras fazem escadas de cera por todo o lado não importa o que você faça. Mas há coisas que você pode fazer para as orientar no caminho certo.

Parte do problema é dar-lhes a liberdade para puxarem mal a cera dos favos. Junte bem os quadros. Os espaçadores dos quadros estão lá por uma razão. Use-os. Não faça um espaçamento uniforme dos quadros na caixa. Quando você tem cera estampada por puxar, não coloque menos quadros na caixa. As abelhas se não gostarem da cera estampada que lhes deu (e elas realmente nunca gostam) e se você lhes deu espaço (colocando os favos separados mais de 3.5cm) elas vão tentar fazer um favo entre dois quadros em vez de fazer os favos sobre a cera estampada. Então forçando-os a ficar bem juntos faz com que o espaço entre a cera estampada suficientemente pequeno para desencorajar isto porque não tem espaço suficiente para um favo de criação.

Parte do problema é que elas não gostam que seja você a decidir o tamanho dos seus alvéolos. Elas vão construir os seus próprios favos com muito maior entusiasmo do que o fazem com cera estampada. Então elas tentam evitar fazer os favos em cera estampada. Uma solução é deixar de usar cera estampada e deixá-las fazer favos naturais. Outra é adquirir cera estampada com alvéolos de tamanho mais próximo aos que as abelhas desejam. O tamanho de alvéolo normal hoje em dia é 5.4mm em cera estampada mas é muito maior que o tamanho típico natural para obreira. O tamanho 4.9mm para alvéolo de obreira é mais próximo.

Elas usualmente não gostam muito de plástico. A solução para elas puxarem cera sobre plástico é dar-lhes os quadros com plástico quando elas precisam de puxar cera de novos favos. Não lhes dê cera estampada misturada com quadros de plástico estampado pois elas ignoram o plástico e puxam só sobre a cera estampada. Compre o plástico estampado com uma camada de cera por cima para que as abelhas o aceitem melhor. Pulverize algum xarope sobre esses quadros ou xarope com óleos essenciais como o Honey Bee Healthy para ocultar o cheiro do plástico. Depois de lamberem esses quadros elas aceitam-os mais facilmente.

Algumas vezes elas fazem um mau trabalho na mesma.

Escadas de cera?

A causa principal das escadas de cera entre caixas são as barras finas na parte de cima dos quadros. Todos os quadros de plástico têm disso. Eu apenas aceito isso.

“…aquele apicultor canadiano muito prático, J.B. Hall, mostroume as suas barras grossas de topo e disse-me que elas preveniam a construção de muitas escadas de cera entre as barras e as secções …eu estou muito satisfeito que hoje em dia podem ser dispensadas tendo barras de topo com largura de 28.6mm e grossura de 22.2mm, com um espaçamento de 6.4mm entre as barras de topo e as secções. Não quer dizer que as escadas de cera estejam inteiramente ausentes, mas quase para que seja muito mais confortável manipular os favos do que com ripas de mel. De qualquer forma não há mais morte de abelhas que antigamente quando as ripas de mel de dauby foram substituídas.”--C.C. Miller, Fifty Years Among the Bees.
“P. Você acredita que uma barra de topo de criação com grossura de 12.7mm evitará a construção de escadas de cera por parte das abelhas nessas barras, tal como as barras de topo com grossura de 19mm? Que tipo você usa?
R. Eu não acredito que as barras de 12.7mm evitam a construção de escadas de cera tão bem como as de 19mm. As minhas são de grossura 22.2mm.”--C.C. Miller, A Thousand Answers to Beekeeping Questions
Quantos alvéolos há num quadro?

Quadros fundos com alvéolos de 5.4mm: 7000
Quadros fundos com alvéolos de 4.9mm: 8400
Quadros médios com alvéolos de 5.4mm: 4620
Quadros médios com alvéolos de 4.9mm: 5544

Como é que eu limpo equipamento usado?

Equipamento usado tem sido um assunto controverso durante mais de um século. Loque Americana (em inglês diz-se American foulbrood ou AFB) é ainda um problema mas em tempos foi um problema bem maior. A única preocupação real em usar equipamento usado é a Loque Americana. Os esporos da Loque Americana vivem virtualmente para sempre (muito mais tempo que nós pelo menos) e equipamento infetado é provavelmente um dos fatores que contribui para ter Loque Americana. Muitas pessoas com Loque Americana apenas queimam os equipamentos. Alguns passam o equipamento a fogo. Alguns colocam os equipamentos em soda cáustica a ferver. Alguns “fritam” os equipamentos em parafina e resina.

Então o problema é que usualmente você tem ao seu dispor (ou a custo zero ou barato) equipamento usado. Limpar os resíduos deixados pelos ratos não é muito complicado. Deixo o equipamento à chuva até cheirar bem. Limpar os resíduos das traças da cera é apenas cortar as teias (que são difíceis para as abelhas removerem) e raspar os casulos. Se os favos estão duros e quebradiços, deixe as abelhas os repararem, elas farão um bom trabalho. Se os favos têm pó, as abelhas limpam-nos. O risco real é a Loque Americana. Se você tem favo velho de criação, eu procuraria por escamas no fundo dos alvéolos que indicam a presença de Loque Americana. Se há escamas, você tem de tratar a ameaça da Loque Americana muito seriamente. Alguns queimariam logo os equipamentos nesse caso. Então, assumindo que você não encontra escamas então o que você faz? Eu não lhe posso dizer o que você deve fazer porque há sempre o risco de você ficar com Loque Americana e eu não quero que você me culpe. Mas eu digo a você o que eu faço. Eu arranjo sempre equipamentos usados de pessoas nas quais eu acredito serem honestas, usualmente a muito baixo preço ou sem custo e uso os equipamentos sem lhes fazer nada. Eu nunca tive Loque Americana nas minhas colmeias.

Agora que mergulho o meu equipamento, eu mergulharia qualquer equipamento, pois tenho os recursos para o fazer.

Como é que eu preparo as colmeias para o inverno?

O problema em responder a esta questão é que vai depender da sua localização. Há uma grande diferença entre os problemas que um apicultor enfrenta no sul da Geórgia ou no sul da Califórnia, comparado com um do norte do Minesota ou em Anchorage (Alasca).

Então eu posso apenas dar uma generalização e falar da minha própria experiência no meio do país (EUA). Eu estou no sul do Nebrasca e vivi no oeste do Nebrasca e na parte da frente das Montanhas Rochosas. Então este conselho é muito útil para essas zonas.

Reduza o espaço. Não há razão para ter espaço extra na colmeia no inverno no norte. Qualquer caixa com quadros vazios ou com cera estampada eu retiraria antes do inverno.

Não deixe entrar ratos. Os ratos podem devastar uma colmeia. Se você tem entradas no fundo das colmeias certifique-se que você tem proteção contra ratos nas colmeias. Um pedaço de rede metálica com buracos de 6.35mm funciona bem contra os ratos.

Remova excluídores de rainha. Se você usa excluídores eles precisam de ser retirados antes que o inverno chegue. Uma rainha pode ficar presa do outro lado do excluídor e morrer de frio.

Certifique-se que tem algum tipo de entrada de topo. Eu gosto de ter tudo com entradas de topo e nada com entradas no fundo, mas independentemente disso você deve ter pelo menos uma entrada pequena para a humidade sair e não ter condensação na tampa e assim as abelhas podem sair quando a neve é muita ou há demasiadas abelhas mortas no estrado. É comum perguntarem-me se o calor não escapa. O calor é raramente o problema, a condensação que pinga sobre as abelhas é que usualmente mata as abelhas no inverno.

Certifique-se que elas têm reservas suficientes. Na minha parte do país (EUA) com as abelhas Italianas você precisa que a colmeia pese cerca de 68Kg para elas passarem bem o inverno. Elas provavelmente aguentam-se com apenas 45Kg mas elas podem também comer isso tudo na primavera com a criação e não chegará. Menos de 45Kg preocupar-me-ia bastante. A altura de alimentar é quando o tempo ainda está quente pois elas não bebem o xarope quando está tempo frio. Quando você vê que o peso está acima do valor mínimo que deseja não precisa de alimentar mais. Usualmente uma colmeia que pese 68Kg aqui terá duas caixas fundas com 10 quadros cada uma, ou três caixas médias de 10 quadros cada uma ou quatro caixas médias de oito quadros cada uma, na sua maioria cheias de mel.

Eu apenas uma vez embrulhei as colmeias e não fiquei impressionado de forma favorável, mas se é a norma dos apicultores da sua zona pode considerar fazê-lo também. O material que se usa é membrana (ou tela) impermeabilizante pois ajuda a aquecer a colmeia nos dias de sol. Eu descobri que este método não deixa a humidade sair. Outros materiais que se podem usar são cartão impregnado com cera pois deixa um espaço com ar em volta da colmeia. Isto parece ser uma escolha mais sábia para o problema da humidade. Se eu tentasse de novo envolver as colmeias usaria cartão com o tal espaço com ar ou colocaria primeiro uns pedaços de madeira com 3.5cm de espessura nos cantos e depois colocaria a membrana ficando assim um espaço com ar entre a membrana e a colmeia.

Evite a tentação de pensar que aquecer um enxame forte o vai ajudar. Na verdade não ajuda. Um isolamento térmico bom também não. Com o isolamento elas não se vão aquecer nos dias de sol e não fazem voos para defecar. Não mude as colmeias para dentro de casa, as abelhas precisam de voar. Não coloque fardos de palha em volta das colmeias pois apenas atrai ratos. Um quebra-vento é bom se você pode dar-lhes um. Se você está a usar fardos de palha para esse efeito, construa isso longe das colmeias.

Até que distância as abelhas campeiras podem ir?

De acordo com o Frei Adam, ele tinha abelhas e sabia que elas voavam até 8Km para buscar néctar de urze. De acordo com Huber, ele marcou abelhas campeiras, levou-as a diferentes distâncias, libertou-as e esperou que elas voltassem para a colmeia. Ele disse que as abelhas encontraram sempre o caminho de volta quando libertadas a 2.4Km da colmeia, mas mais longe que isso elas não encontravam o caminho. Ele disse também, e faz sentido, que depende do alimento disponível. Também parece depender do tamanho das abelhas. O Frei Adam diz que a sua abelha nativa Apis mellifera mellifera, que era mais pequena, voava os 2.4Km para chegar à urze, mas as abelhas Italianas com as quais as trocou, que eram maiores, já não. A Dee Lusby diz que as suas abelhas de alvéolos pequenos, após a regressão, voltaram com pólen totalmente diferentes que antes e baseado nas florações e na diversidade da flora da zona que depende da polinização ela está confiante que as abelhas dos alvéolos mais pequenos pastam muito mais longe que as dos alvéolos maiores. Isto é consistente com as observações do Frei Adam.

Até que distâncias os zangões voam para acasalar?

Eu penso que ninguém sabe realmente. Eles voam para zonas de congregação de zangões (em inglês diz-se Drone Congregation Area ou abreviado é DCA) e há algumas pistas topográficas que eles procuram bem como traços de feromonas que eles usam de forma a encontrar uma dessas zonas. Essas zonas encontram-se usualmente onde filas de árvores se juntam a outras filas de árvores. A pesquisa parece indicar que os zangões voam para a zona de congregação mais próxima. A localização, sendo dependente do terreno e a quantidade de colmeias na zona, a distância é difícil de prever. A maioria dos cientistas, no entanto, dizem que eles voam, em média, menos distância que as rainhas.

A que distâncias as rainhas voam para acasalar?

Tal como muitas questões sobre abelhas, é uma coisa muito variável para começar; é difícil dizer. De acordo com Jay Smith, que tentou usar uma ilha para o seu apiário de fecundação, ele diz que as rainhas voaram pelo menos tão longe como 3.2Km. Algumas estimativas que eu vi indicam 6.4Km ou 8Km. Mas eu já ouvi apicultores dizerem que viram acasalamentos (como prova viram zangões a caírem mortos e a rainha a voltar para o núcleo de fecundação) que ocorreram mesmo nos seus apiários.

Quantas colméias posso ter em um hectare?

O problema com essa questão é que ela pressupõe que as abelhas são apenas nesses acres. Eles vão pastar nos 32 quilômetros quadrados ao redor do apiário

Quantas colmeias posso ter num local?

Outra questão muito comum na apicultura é “quantas colmeias posso ter num local?” Com muito boa pastagem (como no meio de 32Km2 de meliloto), e com bom tempo, é provavelmente impossível ter demasiadas colmeias num local. Com pouca pastagem e uma seca, pode ser que apenas algumas colmeias sejam demasiadas. Um número típico que costuma ser referido é 20. Isto é um bonito número redondo que é aplicado na generalidade, mas para ser realista vai depender de muitas coisas e muitas dessas coisas variam de ano para ano.

Com quantas colmeias devo começar?

A resposta mais comum para um novo apicultor é duas. Eu diria de duas a quatro. Menos de duas e você não terá os recursos para resolver problemas típicos da apicultura como enxames sem rainha, enxames que suspeita não terem rainha, obreiras a pôr ovos (enxames zanganeiros), etc. Mais de quatro já começa a ser demasiado para um novo apicultor gerir.

Quantidade de Mel

Tipicamente as pessoas dizem aos novos apicultores que não devem esperar mel no primeiro ano. Isto é uma tentativa de criar expectativas realistas. No entanto um bom enxame de pacote com uma boa rainha num ano bom (quantidades apropriadas de chuva no momento certo e tempo bom para as abelhas voarem) pode exceder essas expectativas ou pode mesmo nem ficar bem estabelecido. Mas genericamente é uma expectativa realista para o apicultor que elas devem primeiro ficar bem estabelecidas para invernarem e talvez fazerem um pouco de mel.

Onde colocar as colmeias?

“Onde é que eu coloco a minha colmeia?” O problema é que não há uma resposta simples nem uma localização perfeita. Mas numa lista de importância decrescente eu escolheria o critério seguinte, com uma vontade de sacrificar os aspetos menos importantes todos se não houver melhor solução:

Segurança. É essencial ter a colmeia onde as abelhas não sejam uma ameaça para animais que estão presos com corrente ou fechados numa estrutura e não podem fugir se forem atacados, ou onde elas possam ser uma ameaça para quem passa e não sabe que estão lá colmeias. Se a colmeia está próxima de um caminho onde as pessoas andam você precisa de ter uma vedação ou algo que faça as abelhas subir por cima da cabeça das pessoas. Para segurança das abelhas as colmeias devem estar onde o gado não se encoste e as deite para o chão ou simplesmente as vire, o mesmo para os cavalos e se a zona tem ursos tem de ser um local onde os ursos não consigam chegar às colmeias.

Acesso Conveniente. É essencial ter a colmeia onde o apicultor possa conduzir o seu carro até ela. Carregar alças cheias que podem pesar até 41Kg (fundas) até 22Kg (médias de oito quadros) onde qualquer distância dará demasiado trabalho. A mesma razão se aplica a trazer equipamento apícola e alimentar os enxames. Você pode ter de alimentar cada enxame com 23Kg ou mais de xarope e carregar isso longe não é prático. Também vai aprender muito mais sobre abelhas com uma colmeia no seu jardim do que com uma a 32Km numa casa de um amigo. Também um apiário a 2Km ou 3Km de casa vai ser receber muito mais atenção do que um a 100Km de casa.

Boa pastagem apícola.Se você tem muitas opções, então escolha um local com muita pastagem apícola. Meliloto, alfalfa criada para semente, Liriodendron tulipifera, etc. Podem fazer a diferença entre uma super-colheita de mel de 91Kg ou mais por colmeia sem dificuldades. Mas esteja atento que as abelhas não pastam somente no seu terreno, elas pastam os 32Km2 em volta das colmeias.

Que não fique no seu caminho. Eu penso que é importante que a colmeia não interfira com a vida de ninguém. Em outras palavras, não as coloque ao pé de um caminho muito usado onde quando lhes falta alimento no campo e quando estão agressivas as abelhas possam incomodar ou até ferrar alguém, ou noutro lado qualquer onde possa mais tarde desejar que elas não estivessem naquele local.

Completamente ao sol.Eu descobri que as colmeias completamente ao sol têm menos problemas com doenças e pragas e fazem mais mel. Ao escolher um de dois locais e a diferença for apenas a exposição solar eu escolho completamente ao sol. A única vantagem de as colocar à sombra é que você pode trabalhar nelas à sombra ou pode ajudar a cumprir outro critério mais importante.

Se você vive num clima muito quente, sombra a meio da tarde pode ser bom, mas eu não me importaria muito com isso a menos que seja uma colmeia top bar; então eu escolheria a sombra para prevenir favos colapsados.

Não colocar em zona baixa. Eu não me importo se estão entre uma zona baixa e alta, mas não quero mesmo que fique numa zona onde o orvalho e nevoeiro se acumulem tal como não quero a colmeia numa zona onde eu tenha de a mudar caso haja a ameaça de inundação.

Fora do vento. É bom ter as abelhas onde o vento frio do inverno não sopre sobre as colmeias de forma tão forte que possa virar as colmeias ou remover as tampas. Isto não é o requisito número um mas se um local tem um quebra vento isso é bom. Isto usualmente faz com que não se possam colocar as colmeias no cimo do monte.

Água. As abelhas necessitam de água. Um dos problemas é providenciar água para elas. Outra é que seja água mais atrativa que a banheira do vizinho.

Conclusão. TNo fim, as abelhas são muito adaptáveis, então tenha a certeza que é conveniente para si e se não for muito difícil de providenciar tente cumprir alguns dos outros critérios.

É duvidoso que consiga um local que cumpra todos os critérios citados anteriormente.

Plantar para as abelhas.

Os apicultores parecem sempre querer saber o que plantar para as suas abelhas. Tenha a certeza que você entende que as suas abelhas não trabalham apenas nas flores do seu terreno. Elas pastam num raio de 3.2Km que dá uma área de 32Km2. É difícil, a menos que você seja dono desses 32Km2, plantar o suficiente para depois colher o mel. Mas não é difícil plantar coisas que ofereçam alimento durante o ano às abelhas. As alturas que as abelhas precisam de alimento são no início do ano (Fevereiro a Abril), mais tarde (Setembro até começarem dias muito frios) e durante secas (que é a meio do verão por aqui e requer plantas que dão flores quando há pouca chuva). Então eu focaria a minha atenção em plantas que tenham floração nessas alturas. Uma variedade de plantas apícolas no geral tendem a colmatar falhas que uma ou duas plantas. Certamente não faz mal plantar algum meliloto (tanto o amarelo como o branco pois dão flor em alturas diferentes), algum trevo-branco, cornichão, borragem, Agastache, tulipeiro, Robinia Pseudoacacia, mas estes não tendem a encher as faltas no início e fim do ano, mas tendem a fazer algum mel e podem encher alguma falha. Plantas de floração no início do ano que oferecem pólen são Acer rubrum, salgueiros, ulmeiros, crocus, Cercis canadensis, ameixeiras bravas, Prunus virginiana e outras árvores de fruto. Dentes-de-leão são sempre bons de ter por perto. Você pode apanhar as cabeças secas de relva cheia deles. Apenas puxe as cabeças, coloca-as num saco das compras, leve para casa e espalhe as sementes. A chicória e o solidago muitas vezes florescem em tempo de seca e de Julho até às primeiras geadas. As plantas do género Aster são boas pois dão flores tarde. O principal a ter em atenção, contudo, é que você está apenas a tentar preencher falhas, não a tentar criar um recurso que vai produzir mel.

Excluídores de rainha?

O uso de excluídores de rainha tem sido muito controverso entre os apicultores desde os primeiros anos que foi inventado. Eu deixei de os usar muito cedo na minha apicultura. As abelhas não queriam passar através deles e não queriam trabalhar nas alças do outro lado deles. Eles sempre pareceram muito pouco naturais e eram um constrangimento para mim. Eu penso que eles dão jeito para ter por perto para coisas como criação de rainhas e tentativas desesperadas de achar a rainha mas não recomendo o seu uso.

A razão de os usar:

A rainha é mais fácil de encontrar quando se reduz a zona onde eu tenho de procurar. Mas eu já tenho uma zona onde procuro por ela bastante pequena. Eu raramente a encontro em outros locais onde não haja concentração máxima de abelhas e isso muitas vezes reduz a zona de procura a apenas alguns quadros. Mas isto é uma boa razão se você precisa de encontrar a rainha muitas vezes. Na criação de rainhas isto pode ser uma vez por semana ou algo similar e um excluídor de rainha pode poupar-lhe muito tempo.

Prevenir a presença de criação nas alças. As únicas razões pelas quais vi rainhas a porem ovos nas alças são: ela ficou sem espaço no ninho, então ela enxameava se não pudesse, ou ela queria espaço para colocar ovos de zangão mas não havia favo de zangão no ninho. Devido ao favo de criação ser difícil de desfazer por causa dos casulos e as alças usualmente têm cera macia sem casulos que as abelhas facilmente alteram, as abelhas fazem nas alças favo para zangão se não tiverem espaço suficiente no ninho. Se você não quiser criação nas alças, dê às abelhas algum favo de zangão no ninho e terá muita sorte neste assunto. Também se você usar caixas todas do mesmo tamanho, você não terá problemas se ela colocar ovos nas “alças” pois pode colocar esses quadros de novo em baixo no ninho, e se você não usa químicos, você pode roubar um quadro de mel do ninho e coloca-lo na alça.

Se você quer usar excluídores

Se você quer usar excluídores, lembre-se que as abelhas têm de conseguir passar por ele. Usando tudo caixas do mesmo tamanho, mais uma vez, vai ajudar nesse aspeto pois você pode colocar alguns quadros de criação do lado de cima do excluídor (tendo o cuidado de não levar a rainha nesse quadro) o que fará com que elas comecem a passar pelo excluídor. Quando as abelhas começarem a trabalhar na alça você pode voltar a colocar esses favos com criação no ninho. Outra opção (especialmente se você não tem todas as caixas do mesmo tamanho) é tirar o excluídor até elas começarem a trabalhar na primeira alça e depois coloca-lo (mais uma vez tendo o cuidado de deixar a rainha no ninho e que os zangões têm uma passagem no topo).

Se você quer usar excluídores, lembre-se que as abelhas têm de conseguir passar por ele. Usando tudo caixas do mesmo tamanho, mais uma vez, vai ajudar nesse aspeto pois você pode colocar alguns quadros de criação do lado de cima do excluídor (tendo o cuidado de não levar a rainha nesse quadro) o que fará com que elas comecem a passar pelo excluídor. Quando as abelhas começarem a trabalhar na alça você pode voltar a colocar esses favos com criação no ninho. Outra opção (especialmente se você não tem todas as caixas do mesmo tamanho) é tirar o excluídor até elas começarem a trabalhar na primeira alça e depois coloca-lo (mais uma vez tendo o cuidado de deixar a rainha no ninho e que os zangões têm uma passagem no topo).
Abelhas sem rainha?

BLUF: Coloque um quadro de cria aberta e ovos na colmeia e não precisa de se preocupar com este problema.

Uma questão que surge quase sempre em fóruns apícolas: “Estarão as minhas abelhas sem rainha?” Os sintomas que originam esta pergunta variam muito e a altura do ano varia ainda mais, mas é uma questão muito importante para obter uma resposta, ou pelo menos uma forma de resolver e por vezes é muito mais complicado do que aparenta.

A causa mais provável para a questão é a falta de ovos e criação. Muitos dos novos apicultores não conseguem sequer encontrar uma rainha que você marcou, cortou-lhe as pontas das asas e a colocou num quadro para eles a encontrarem, e mesmo os apicultores experientes quando é um enxame forte num dado dia podem ter dificuldades em achar a rainha. Então não ver a rainha não prova nada. Não ver ovos e criação é uma pista importante, mas não significa que não haja rainha. Significa que não há uma rainha em postura e não tem havido uma por algum tempo, ou você não consegue ver os ovos. Mas pode muito bem haver uma rainha virgem que ainda não iniciou a postura.

Vamos fazer alguns cálculos apícolas. Se você acidentalmente matou a rainha hoje, daqui a quanto tempo vai voltar a ver ovos de uma rainha que essas abelhas criaram? Cerca de 26 dias. Quanta criação aberta e selada vai restar quando voltar a ver ovos da nova rainha? A resposta é nenhuma. Se as abelhas perderem a rainha hoje e começarem com larvas com quatro dias (quatro dias desde a postura do ovo) para criar a rainha, serão mais 12 dias antes de ela emergir. Mais uma semana para ela maturar e se orientar. E mais uma semana para ela acasalar e iniciar a postura. Isso dá aproximadamente 26 dias (mais ou menos uma semana). Ao fim de 26 dias todos os ovos já eclodiram, foram selados e as abelhas emergiram. Não resta agora criação dentro da colmeia, mas, neste caso, há uma rainha.

O problema ocorre quando a nova rainha voa para acasalar, não volta à colmeia e o enxame fica realmente sem rainha, tudo parece igual. Sem ovos, sem criação, nem mesmo criação selada. Então como é que você responde à questão? Você dá-lhes um quadro com criação e ovos e vê o que elas fazem. Se você tem um alvéolo real ao fim de alguns dias então elas estão sem rainha. Você pode dar-lhes uma rainha ou deixá-las criar a sua própria rainha a partir desse alvéolo.

Outro problema é quando você encontra alguns ovos, algumas larvas e está tudo espalhado. Isto é por vezes devido a obreiras poedeiras mas as abelhas continuam a remover os ovos dos alvéolos reais, exceto alguns. Mas não poderá ser uma nova rainha que começou a postura? Usualmente ela vai pôr os ovos juntos num pedaço de favo e não espalhados pelos favos. As obreiras poedeiras requerem muito mais esforço para resolver o problema.

Uma forma de ter a noção se o enxame está ou não sem rainha é ouvir o som que as abelhas produzem. Se você não sabe o som de um enxame sem rainha, tente apanhar uma rainha e retire-a da colmeia, espere alguns minutos e escute. O enxame produz um rugido. Isto por vezes é chamado de “rugido de enxame sem rainha”.

Outra pista é a presença de uma nova rainha prestes a iniciar a postura, é ver uma zona de alvéolos vazios rodeados por néctar, num cacho, onde elas abriram uma zona para a rainha colocar os ovos.

Um enxame irritado é muitas vezes sinal da falta de rainha ou então quando o enxame está num estado letárgico. Mas você precisa na mesma de procurar ovos e larvas.

Resumindo e concluindo a falta de rainha é difícil de diagnosticar. Uma combinação de vários destes sintomas (falta de ovos e criação, rugido, letargia ou raiva) tende a convencer-me. Mas apenas um sintoma ou dois, eu dou-lhes um quadro com cria aberta e ovos e vejo o que acontece.

É claro que isto ilustra a razão pela qual precisa de mais que uma colmeia.

Para mais informação veja a secção Panaceia e o Capítulo BLUF.

Troca de rainha.

Há várias questões relacionadas com isto. Uma é “com que frequência devo eu trocar a rainha?”. Os apicultores têm opiniões variadas sobre este assunto desde a resposta onde dizem que são duas vezes por ano ou até nunca. Eu deixo as próprias abelhas trocarem as suas rainhas, mas depois eu manipulo a enxameação e troco as rainhas quando as abelhas estão demasiado defensivas ou não estão bem.

A segunda questão é “como é que eu troco a rainha?”. Isto pode envolver várias questões do tipo “o que é que eu faço se não consigo encontrar a rainha velha?” ou “como é que eu sei se elas vão aceitar a nova rainha?”

Eu não tive sorte até agora em libertar uma rainha num enxame com rainha. Talvez a única forma de fazer isso é criar as suas próprias rainhas e você introduzi-las em alvéolos ou rainha virgem usando muito fumo para disfarçar a sua entrada na colmeia. Dessa forma é mais provável elas verem essa rainha como uma que elas próprias criaram. De outra forma você precisa de remover a rainha velha de forma a introduzir a nova rainha já em postura. Se você não consegue mesmo encontrar a rainha velha e tem a certeza que precisa de introduzir a rainha nova, eu usaria uma gaiola de rainhas. Afinal de contas é o método mais seguro.

O método mais comum usando o doce funciona bem geralmente desde que não existam complicações (tais como obreiras poedeiras, abelhas irritadas, abelhas que já rejeitaram uma rainha, sem rainha à muito tempo, você não consegue encontrar a rainha velha, etc.). A gaiola tem uma rolha do lado onde se coloca o doce que você tira, (ou no caso das gaiolas da Califórnia, você adiciona um tubo de plástico que tem o doce por dentro ou enfia um marshmallow em miniatura no buraco) coloca a gaiola na colmeia e espera que as abelhas comam o doce todo e libertem a rainha. É vantajoso para melhor aceitação libertar as obreiras que estão junto à rainha na gaiola, mas se você for um novo apicultor pode achar isto intimidante. Uma Manga de Marcação de Rainhas (por exemplo as da empresa Brushy Mountain) ajuda muito nisto pois você pode fazer todas as manipulações numa situação em que a rainha não pode voar. Se você apanhar a rainha e colocar a cabeça dela na gaiola ela usualmente vai entrar a correr para a gaiola.

Colocar um alvéolo real em qualquer sítio onde existam abelhas suficientes para manter a futura rainha quente também funciona.

Gaiola Sobre o Favo

Esta é a forma mais fiável de libertar uma rainha em postura. O conceito disto é dar à rainha algumas novas amas que a vão alimentar e que a vão aceitar pois nunca tiveram outra rainha, alguma comida e um local para fazer a postura. Logo que ela estiverem em plena postura com novas amas o resto do enxame vai usualmente aceitá-la sem protestar.

Fazendo uma Gaiola Sobre o Favo

A maioria das pessoas fazem as gaiolas com cerca de 10cm quadrados. Eu prefiro fazê-las maiores. Quanto maiores forem mais fácil é ter algum mel (para que ela não morra de fome) alguns alvéolos abertos (para que ela tenha onde colocar os ovos) e alguma cria prestes a emergir (para que ela tenha amas que a alimentem). Eu gosto de as fazer com cerca de 12.5cm por 25cm. Corte uma rede metálica com buracos de 3.2mm ou 16cm por 29cm. Retire os primeiros três arames em volta deixado o resto dos arames com 9mm de fora e sem arames cruzados. Isto é para enfiar a gaiola no favo para que as abelhas não consigam entrar facilmente. Agora os arames dos cantos com 19mm (mais três arames) e faça um corte de 19mm (mais três arames) nos quatro cantos. Não importa a direção, mas você terá de dobrar em volta do canto. Dobre a ponta 19mm. Uma tábua ou esquina de uma mesa ajuda a fazer isso. Dobre os cantos 19mm. Você tem agora uma caixa sem fundo que tem 19mm de altura e 12.5cm por 25cm.

Usando a Gaiola Sobre o Favo

Encontre um favo com criação a emergir. O favo terá abelhas felpudas e a lutar para sair do alvéolo que abriram com as suas mandibulas. Uma abelha com a cabeça a sair do alvéolo é uma cria a emergir. Uma abelha com o seu abdómem fora do alvéolo é uma abelha ama a alimentar uma larva ou uma obreira a limpar o alvéolo. Sacuda (se houver muita abelha no favo) ou passe com uma escova para retirar as abelhas do favo. Liberte a rainha de um lado do favo onde há abelhas a emergirem e algum mel aberto. Coloque a gaiola por cima para que fique mel e cria a emergir por baixo dela. Alguns alvéolos abertos também são bons. Empurre a gaiola sobre o favo. Deve ficar 9.5mm sobre o favo para a rainha tenha espaço para se mover lá dentro. Arranje espaço na colmeia para esse quadro mais os 9.5mm. Algumas vezes haverá espaço suficiente e outras vezes terá de retirar um favo, mas você precisa ter o favo com a gaiola e mais 9.5mm entre a gaiola e o favo seguinte (19mm no total) para que as abelhas tenham acesso à caixa para conhecer a rainha e alimentar as ocupantes da caixa se quiserem. Volte ao fim de quatro dias e liberte a rainha removendo a gaiola.

Como é que eu mantenho rainhas alguns dias?

Se você precisa de manter rainhas em gaiola alguns dias com amas e doce, você pode minimizar o stress mantendo-as num local fresco (16oC a 21oC), escuro (como um armário), sossegado (como um armário ou cave) e dê-lhes uma gota de água cada dia para que consigam digerir o doce e assim elas aguentam-se por umas duas semanas se não começarem muito stressadas e as amas estão saudáveis. Dê-lhes uma gota de água logo que as receba e uma por dia nos dias seguintes. Se o doce parecer que está a acabar, você poderá ter de lhes dar uma gota de mel e uma gota de água por dia. Se todas as amas morrerem as rainhas vão necessitar de novas amas.

Tamanho dos Alvéolos da Cera estampada

Quadros, cera estampada, tamanho dos alvéolos, etc. Você precisa decidir se quer colocar folha de plástico estampado, quadros de plástico, favos de plástico completos com cera, etc. E também qual o tamanho desses alvéolos. Eu recomendaria comprar apenas de alvéolos pequenos ou PermaComb ou Honey Super Cell. Se você quer usar cera, compre de alvéolos pequenos, como as da Dadant ou de outras empresas. A folha estampada de plástico com alvéolos pequenos já não está disponível na Dadant. Mas a Mann Lake's PF120's tem alvéolos de 4.95mm e são quadros completos numa peça só com cera estampada. Se você não quer fazer os seus quadros, não quer esperar que as abelhas puxem a cera e nunca ter de se preocupar com as traças da cera ou o pequeno escaravelho (Aethina tumida) então compre PermaComb ou Honey Super Cell. Eu pessoalmente aqueço o PermaComb até 93ºC, mergulho-o em cera a 100ºC e sacudo o resto da cera. Isto resulta em alvéolos de 4.9mm e parece ajudar com todos os problemas de ácaros. Por agora não se preocupe sobre a regressão ou todas as coisas que parecem complicadas, mas mantenha-se com cera estampada com alvéolos naturais ou pequenos (de tamanho 4.9mm). Ou não use cera estampada (veja o capítulo da cera estampada para mais informação).

Que tipo de cera estampada e quadros você deve comprar? Obviamente se houvesse uma resposta “certa”, apenas haveria um tipo de cera estampada e um tipo de quadros. A razão por que não há é porque os apicultores têm diferentes preferências, diferentes filosofias e diferentes experiências.

Vamos começar por aprender a terminologia para que possamos passar à frente. Com a cera, acerca da grossura a única que eu vejo agora disponível é Medium Brood, Surplus e Thin Surplus. Medium Brood não significa que seja para quadros médios. Significa que é de grossura média. Surplus é mais fina e Thin Surplus é ainda mais fina. Surplus é destinada para mel em favo.

Cera estampada para Criação

A coisa que as abelhas mais gostam de fazer é construir favo sem cera estampada. Quadros sem cera estampada são mais facilmente aceites e os mais naturais. Eles têm muitas vantagens, para o controlo da Varroa por terem alvéolos mais pequenos, por conseguir facilmente cortar alvéolos reais do favo sem preocupação em tocar num arame ou plástico.

A coisa que as abelhas gostam a seguir é cera estampada. Elas podem alterar a cera para aquilo que precisarem. Mas quanto mais perto estiver do que elas querem melhor pois aceitam mais facilmente. Eu diria, com abelhas não regredidas (“normais”) com alvéolos de 5.1mm seria melhor aceite pois parece ser aquilo que elas querem construir. A empresa Dadant vende cera estampada com alvéolos de 4.9mm que também serviria para essas abelhas e alvéolos de 5.4mm. Mas eu quero os alvéolos de 4.9mm para a parte de controlo da Varroa. Então um dos aspetos da cera estampada é o material (cera ou plástico) e outro é o tamanho dos alvéolos.

Outro problema da cera estampada é o reforço. DuraComb e DuraGilt têm um interior de plástico liso. Isto funciona bem até as abelhas tirarem a cera para usar noutro lado qualquer ou as traças da cera comerem a cera até ao plástico. Depois as abelhas não voltam a puxar cera no plástico. Arames são muitas vezes usados com a cera estampada. Alguma cera estampada vem com arames na vertical e as pessoas usam-na dessa forma. Alguma cera estampada vem sem arames e as pessoas colocam arames na horizontal nesses quadros. Os arames reduzem a velocidade com que a cera estampada fica ondulada com o calor.

O material que as abelhas parecem gostar menos e os apicultores parecem gostar mais é o plástico. As traças da cera não conseguem destruir esse material (apesar delas conseguirem destruir a cera do favo). As abelhas não conseguem alterar o tamanho desses alvéolos facilmente. O tamanho dos alvéolos em plástico varia de 5.4mm até 4.95mm. Está disponível em folhas de plástico ou quadros inteiros de plástico.

Favos completamente “puxados” também existem à venda em plástico. Existe também a PermaComb (equivalente a alvéolos de 5.0mm) que está disponível em tamanho médio e Honey Super Cell (equivalente a alvéolos de 4.9mm) em quadros fundos. Completamente puxados, significa que as abelhas não lhe puxam a cera, já está na grossura final e elas apenas a usam a selam.

Cera Estampada para Alças

Ter favos completamente puxados é sem dúvida uma vantagem nas alças (quando as abelhas aceitam e usam-na) pois as abelhas só têm de guardar néctar nelas e não precisam de construir favo. As traças da cera não lhe conseguem pegar nem o pequeno escaravelho (Aethina tumida).

Os vários quadros de plástico e folhas estampadas em plástico para as alças são os mesmos que estão disponíveis para os ninhos, com o uso adicional de favo para zangão (mais fáceis de extrair) e Honey Super Cell com alvéolos de 6.0mm e um falso ovo no fundo do alvéolo. Este falso ovo supostamente engana a rainha e ela não coloca lá ovos. O alvéolo de 6.0mm também desencoraja a rainha pois não é bem o tamanho de zangão (6.6mm) nem de obreira (4.4mm até 5.4mm), então a rainha não gosta de pôr ovos nesses alvéolos.

Para mel em favo, há Surplus e Thin Surplus. Isto para que o mel em favo seja mais fácil de mastigar e não tenha um interior grosso. Está disponível na maioria dos fabricantes. A Walter T. Kelley tem em tamanhos 7/11 que, mais uma vez, são tamanhos de alvéolos onde a rainha não gosta de fazer a postura permitindo que não seja preciso usar excluídor de rainha e mesmo assim não haja criação nas alças.

Tipos de quadros

Há diferentes tipos de quadros e muita da cera estampada foi planeada para ser usada em um tipo ou mais de quadros. Você pode usualmente adaptar se desejar, mas você deve ter isso em conta quando encomendar quadros e cera estampada.

As barras de topo vêm com uma ranhura, cunha, e split (o split também está disponível na empresa Walter T. Kelley). A ranhura é usualmente usada por plástico ou para aplicar cera com um tubo de cera (em inglês é chamado de wax tube fastener). Eu prefiro os que usam a cunha. Eu posso colocar mais cera estampada e fica melhor apoiada, para que não caia, com um tubo de cera do que só com a cunha. O tipo de cunha tem um encaixe que sai e é pregado ao quadro para segur

Para que serve a prancheta de agasalho?

A prancheta de agasalho foi inventada para criar uma zona de ar para reduzir a condensação na tampa. As primeiras eram de pano mas com o tempo as de madeira passaram a ser mais usadas. No norte o problema no inverno é a condensação e localiza-se mais na tampa. O ar quente e húmido do cacho de abelhas toca na tampa fria, condensa e pinga sobre o cacho de abelhas. A prancheta de agasalho foi criada para prevenir isto. Ao longo dos anos, muitos outros usos foram encontrados para ela. Você pode colocar um frasco invertido sobre o buraco da prancheta. Você pode colocar alças com quadros molhados de mel (após a cresta e extração) sobre as pranchetas para as abelhas limparem os quadros. Você pode colocar um escapa-abelha do tipo Porter no buraco da prancheta para tirar as abelhas da alça (Eu nunca tive muita sorte com isto). Você pode colocar uma rede dupla no buraco e colocar um núcleo por cima da colmeia na primavera ou outono para ajudar o enxame do núcleo a manter-se quente. (Isto não tem funcionado bem para mim no inverno devido à condensação).

Será que eu posso não usar prancheta de agasalho?

Se você usa tampas de transumância nas suas colmeias, você não precisa de uma e provavelmente não vai querer uma. Se você usa tampas telescópicas elas mantêm-se sem serem coladas pelas abelhas com própolis. É difícil remover uma tampa telescópica que está propolizada à caixa sem prancheta de agasalho pois não tem onde introduzir a sua ferramenta de apicultor para separar as partes propolizadas. Se você tem uma tampa telescópica, eu recomendo que você use uma prancheta de agasalho. Se você vive a norte e quer usar tampas de transumância, certifique-se que há algum tipo de entrada (você pode cortar um entalhe na tampa para fazer essa entrada. Veja as tampas de transumância da Brushy Mountain como exemplo) e coloque poliestireno expandido sobre a tampa com um tijolo por cima. O poliestireno expandido vai manter a tampa menos fria e a entrada por cima (através do entalhe) permite que o ar húmido saia.

Que cheiro é esse?

Os cheiros devem ser investigados. Eles são muito subjetivos e por isso é melhor você investigar as suas causas e associar um dado cheiro a uma dada ocorrência. O cheiro mais comum que preocupa as pessoas é o cheiro do mel de solidago (em inglês diz-se goldenrod) a amadurecer. Isto acontece por vezes entre o verão e o outono. Para mim, cheira como meias velhas de ginásio. Algumas pessoas dizem que cheira a doce de manteiga (em inglês chamam-lhe de butterscotch). A maioria das pessoas pensa que cheira a azedo.

Se você sente o cheiro de carne pútrida, eu investigaria. Por vezes você tem montes de abelhas mortas por causa de pesticidas ou pilhagem. Por vezes você tem doenças de criação. Vale sempre a pena investigar para saber qual é a causa.

Qual é o melhor livro de apicultura?

Todos eles. Leia todos os livros de apicultura que conseguir. Mas os meus favoritos são o velho ABC and XYZ of Bee Culture, Hive and the Honey-Bee e Langstroth, todos os do Richard Taylor e Frei Adam e os que eu coloquei na minha página sobre os livros clássicos de apicultura (bushfarms.com/beesoldbooks.htm). Adicionalmente se você já leu os livros de apicultura todos e quer saber ainda mais, todos os da Eva Crane são fascinantes.

Um bom livro para novos apicultores que queiram fazer apicultura natural, The Complete Idiot’s Guide to Beekeeping é fantástico. Livros de apicultura genéricos para novos apicultores, Backyard Beekeeping de Kim Flottum é muito bom e simples.

Qual a melhor raça de abelhas?

Tem havido muita especulação pelos apicultores durante muitos séculos sobre este assunto. Eu suponho que entre a passagem do século XIX para o século XX houve provavelmente acordo. As abelhas Italianas eram as que a maioria das pessoas queriam. Agora há o mesmo número de pessoas que quer das Cárnicas ou Caucasianas ou Buckfasts ou Russas. Eu vejo mais variação de enxame para enxame do que de raça para raça. Eu diria que as melhores raças de abelhas são aquelas que sobrevivem à sua volta. São aquelas que estou a criar.

Mas se você quer comprar algumas rainhas, os problemas estão relacionados com a adaptação delas ao seu clima (por exemplo as Italianas estão provavelmente melhor adaptadas ao Sul e as Cárnicas estão melhor adaptadas ao Norte) e a saúde (comportamento higiénico, resistência aos ácaros da traqueia, resistência aos ácaros Varroa, etc.).

Porque é que há tanta abelha no ar?

Outras mensagens de pânico colocadas nos fóruns apícolas várias vezes por ano estão relacionadas com muitas abelhas a voar. Isto é usualmente interpretado pelos novos apicultores como enxameação ou pilhagem. Um enxame coloca muitas abelhas no ar, mas estão a dirigir-se para algum lado. Neste caso estão apenas a sobrevoar a colmeia. Se as abelhas parecem contentes e organizadas em vez de agitadas e a lutar na rampa de voo, e especialmente se dura pouco tempo durante uma tarde de sol; então é provável que sejam apenas abelhas jovens em voos de orientação. Procure sinais de luta na rampa de voo para determinar se é pilhagem ou não. Se não há sinais de pilhagem (nem luta nem montes de abelhas mortas), isto será um sinal de um enxame saudável. Se as abelhas que sobrevoam a colmeia parecem deixar um rasto de abelhas quando voam para mais longe, então é provável que seja um enxame que se está a juntar numa das suas árvores.

Porque é que há abelhas do lado de fora da minha colmeia?

Tipicamente os apicultores chamam a isto uma barba de abelhas porque muitas vezes parece que a colmeia tem uma barba. As causas são o calor, congestionamento e falta de ventilação. Certifique-se que elas têm espaço e ventilação e não se preocupe mais com isso.

Uma barba de abelhas é como o suor nas pessoas. É o que as abelhas fazem quando estão com calor.

É bom ajudar as abelhas a terem boa ventilação quando precisam e depois ver uma barba de abelhas como algo normal. Se você estivesse a suar faria tudo dentro do razoável para suar menos (ligaria uma ventoinha, abriria uma janela, tiraria a camisola, beberia muita água) e depois aceitaria o calor como algo normal.

Com as abelhas, certifique-se que elas têm ventilação por cima e por baixo, (abra a entrada de baixo, remova o tabuleiro se tem estrado sanitário, abra a caixa de cima, introduza uma alça para fazer caixa de ar), certifique-se que elas têm espaço suficiente (coloque alças conforme necessário) e depois não se preocupe mais com isso. Uma barba de abelhas não é prova de que as abelhas estejam para enxamear. É prova que as abelhas estão com calor. Eu penso que a falta de ventilação contribui para um “enxame superlotado” mas não é a única causa e não precisa de se preocupar se deu às abelhas ventilação e espaço suficiente.

Porque é que as abelhas estão a dançar na entrada de forma coordenada?

Algumas vezes por ano os novos apicultores querem saber o que as abelhas estão a fazer ao dançar de forma coordenada (oscilando ritmicamente) na rampa de voo. Isto é chamado de washboarding e na verdade ninguém sabe porque é que elas fazem isso, mas elas lá sabem o que fazem. Pessoalmente eu penso que é uma dança social. Talvez seja uma dança de ação de graças.

Porque não se usa uma ventoinha elétrica para ventilar?

Este assunto aparece muita vez. Eu nunca o consegui compreender, mas eu suponho que resulta no desejo de “ajudar”. As abelhas, no entanto, têm um sistema de ventilação muito eficiente e preciso, tudo o que você faça vai provavelmente interferir com ele em vez de ajudar. O problema com a solução elétrica é que as abelhas vão lutar contra o ventilador. Eu penso que o melhor que você pode fazer é dar-lhes a tal ventilação por cima e por baixo e deixar que as abelhas controlem essa ventilação.

Porque morreram as minhas abelhas?

Se a morte ocorreu no inverno, deve verificar a causa da morte desta forma:
_ As abelhas estão em contato com as reservas de alimento? Não importa se elas têm mel, se elas não conseguem chegar até ele porque estão presas. Se não estão em contato com as reservas elas morrem de forme.
_ Se elas estão em contato com as reservas, será que há centenas de Varroas mortas no fundo da colmeia ou no tabuleiro do estrado sanitário (Eu teria o estrado colocado, certamente)? Se é o caso, eu penso que é seguro dizer que a causa primária da morte das abelhas foi a Varroa.
_ Há vários cachos pequenos de abelhas dentro da colmeia em vez de um cacho grande? Se sim eu suspeitaria que a causa foram os ácaros da traqueia.
_ Será que as abelhas estão molhadas e com bolor? Se sim eu suspeitaria que foi a condensação que as molhou e abelhas molhadas raramente sobrevivem.
_ É uma ideia muito comum que as abelhas mortas com a cabeça dentro dos alvéolos significa que elas morreram de fome. Todos os enxames mortos no inverno terão muitas abelhas com a cabeça dentro dos alvéolos. Essa é a forma como elas formam um cacho bem apertado para se aquecerem. Eu procuraria saber mais e se elas morreram em contato com as reservas ou não.
_ Se morreram durante uma época mais ativa do ano, eu procuraria por montes de abelhas mortas e por sinais de pilhagem. A pilhagem pode levar ao aparecimento de montes de abelhas mortas, mas há outros sintomas como favos roídos e abelhas frenéticas. As abelhas afetadas por pesticidas usualmente rastejam pelo chão enquanto não morrem e formam montes de abelhas mortas. Um enxame que em vez de aumentar o número de abelhas vai reduzindo, você provavelmente deverá verificar se tem uma doença da criação.

Porque é que as abelhas fazem cera de cores diferentes?

As abelhas apenas produzem uma cor de cera— branca.

Se elas trazem muito pólen sobre a cera ela torna-se amarela. Se elas fazem criação na cera, ela fica castanha por causa dos casulos. Se elas deixam muitos casulos, a cera fica preta.

Em relação aos opérculos, elas produzem dois tipos de opérculos. Para o mel são feitos de cera que forma uma camada hermética para impedir que o mel absorva humidade, então essa cera começa com a cor branca e se as abelhas trazem pólen sobre essa cera ela pode tornar-se amarela. Os opérculos da criação são uma mistura de cera com casulos que permite a respiração da pupa. Dependendo do tempo de opérculação, do seu grau de escurecimento e de quantos estão disponíveis, eles variam de uma cor amarela clara até a um castanho-escuro.

Com que frequência devo inspecionar?

Se você é um novo apicultor deve inspecionar de forma frequente. Não porque as abelhas precisam que você faça isso mas porque você não aprenderá nada se não observar. Relativamente às abelhas, você apenas precisa de as verificar com a frequência suficiente para que elas não fiquem sem espaço. Com que frequência? Eu tentaria não as incomodar todos os dias. Se você tem uma colmeia de observação pode aprender muito com ela. Se você tem uma janela numa colmeia ou uma prancheta feita de Acrílico pode observar ainda mais. Mas com uma colmeia típica eu acho que deve abrir a colmeia uma vez por semana ou algo parecido, até você conseguir adivinhar o que se passa lá dentro avaliando o exterior da colmeia. Eventualmente, se você pensa e espera ver algo e acerta, terá um bom sentido para avaliar o estado do enxame sem abrir a colmeia.

Devo eu abrir um buraco?

Usualmente a ideia é abrir um buraco para uma entrada de topo ou para ventilação. Eu não gosto de buracos no meu esquipamento. Aqui ficam as vezes em que eu me arrependo de ter feito buracos:
_ Alturas em que eu queria fechar a colmeia e esqueci do buraco. A manipulação de um escapa-abelha é um dos exemplos que me lembro.
_ Alturas em que eu acidentalmente coloquei a minha mão por cima, por baixo ou dentro do buraco quando levantava uma alça.
_ Alturas no inverno quando eu queria fechar mais a colmeia.
_ Alturas em que o enxame está fraco e não guarda bem ambas as entradas e é pilhado, tendo eu de encontrar uma forma de fechar o buraco.
_ Alturas em que eu preciso de uma caixa sem buraco e a única disponível tem um buraco.

Não há nada que você não consiga fazer em vez de fazer o buraco, como puxar a caixa 19mm para trás ou colocando alguns calços ou mesmo comprando um Imirie shim (um rectângulo ou quadrado de madeira em que um dos lados tem um buraco que serve de entrada para as abelhas, uma espécie de moldura).

Se você tem buracos no seu equipamento pode tapá-los com a tampa de uma lata pregada por cima do buraco. No apiário se está com pressa pode tapar temporariamente os buracos com um pedaço de cera de abelha.

Como é que eu tiro as abelhas dos favos?

Há duas formas primárias de tirar as abelhas dos favos. Escovar ou sacudir. Pratique algumas técnicas diferentes para descobrir qual a técnica que prefere para tirar as abelhas dos favos. Dependerá de muitas coisas. Favo novo e macio (sobre cera estampada ou não, com arame ou sem) se estiver pesado com o mel vai partir se o sacudir com demasiada força. Quando está quente fica ainda mais macio. Se não usa cera estampada, um favo que não esteja completamente seguro em todos os lados vai estar ainda mais frágil. Nesse caso deve usar a escova. Os favos velhos de criação nunca partem, não importa a força com que os sacode. Favos velhos que ainda não estejam um pouco macios você pode sacudir bem sem partirem, mas há um limite e você precisa de descobrir qual é baseado em todas as variáveis (novo, macio, velho e cheio casulos, pesado com mel, leve e com criação, etc.). Também não sacuda um favo com alvéolos reais ou você magoa as futuras rainhas. Use a escova. Fazendo um sacudimento duplo (sacode uma vez e imediatamente sacode de novo o mais rápido possível) funciona se você fizer isso bem. Pratique isso até conseguir o efeito desejado. Você pode “bater” as abelhas (o C.C. Miller usa a expressão “pound the bees”). Você pega na barra de cima do quadro de forma firme e bate com o seu outro punho nesse punho que segura a barra. O abanão vai desalojar as abelhas.

É uma daquelas coisas que é mais uma arte que uma ciência mas há princípios, e o primeiro é a surpresa. O secundário é que deve ser forte, não fraco. Parece contrário porque normalmente na apicultura você está a tentar fazer as coisas de forma lenta e graciosa e não fazer as coisas de repente. E finalmente para remover as abelhas tem mesmo de fazer as coisas de repente e com força. Não há forma graciosa e suave de fazer isso.

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Michael Bush

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